Próximo encontro na cidade de Porto Alegre no Rio Grande do Sul em 2013
Seguiram-se os agradecimentos de frei Hélio aos definidores, ao presidente da CCB, a frei Rubival, aos assessores, moderadores, cronometrista, aos “ir-mãos dos bastidores”, e, enfim, aos irmãos da Província da Bahia.
Participamos da missa e, logo após o café, deu-se início aos trabalhos. Frei Hélio apresentou a proposta de avaliação, a ser realizada em grupos.
Finalizamos o III Encontro Nacional de Irmãos Leigos Capuchinhos do Brasil com um almoço de confraternização.
“A vocação do irmão leigo é como a flor que nasce no campo, nasce gratuitamente”
(D. Leonardo Steiner, OFM). Desejamos ver Deus no coração de todas as coisas.
Que a poesia de Drumond nos ajude a ver a beleza que se esconde por trás de cada DOM que á vocação de cada irmão.
Irmão, Irmãos
Cada irmão é diferente.
Sozinho acoplado a outros sozinhos.
A linguagem sobe escadas, do mais moço,
ao mais velho e seu castelo de importância.
A linguagem desce escadas, do mais velho
ao mísero caçula.
São seis ou são seiscentas
distâncias que se cruzam, se dilatam
no gesto, no calar, no pensamento?
Que léguas de um a outro irmão.
Entretanto, o campo aberto,
os mesmos copos,
o mesmo vinhático das camas iguais.
A casa é a mesma. Igual,
vista por olhos diferentes?
São estranhos próximos, atentos
à área de domínio, indevassáveis.
Guardar o seu segredo, sua alma,
seus objetos de toalete. Ninguém ouse
indevida cópia de outra vida.
Ser irmão é ser o quê? Uma presença
a decifrar mais tarde, com saudade?
Com saudade de quê? De uma pueril
vontade de ser irmão futuro, antigo e sempre?
(Carlos Drummond de Andrade, in 'Boitempo')
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